Como viajar com pet para os Estados Unidos

Quando decidimos fazer uma viagem, seja ela a trabalho, turismo ou até mesmo mudança de país, e temos um pet, nossa preocupação é ainda maior.. Afinal, não é uma tarefa simples e podem surgir muitas dúvidas sobre como viajar de avião com nosso “filho de 4 patas”. É por isso que decidimos fazer esse post e contar também a nossa experiência com o Mike (nosso gatinho).

{Post atualizado em maio de 2024}

Regras e exigências

Não existe uma legislação brasileira específica, cada país tem sua própria exigência sanitária e cada companhia aérea também, que costumam variar entre voos nacionais ou internacionais.

Apesar de serem bem parecidas, cada companhia aérea tem suas próprias regras, como o local de acomodação do animalzinho (na cabine ou no bagageiro do avião – no compartimento de cargas vivas) com pesos e dimensões específicas, atestado de saúde, vacinas e outros documentos que falaremos mais abaixo.

Na cabine da aeronave só são permitidos embarcar animais DOMÉSTICOS, existe um limite por pessoa que geralmente é de 1 animalzinho por passageiro, e normalmente são aceitos apenas cães e gatos (algumas companhias aéreas aceitam apenas cães na cabine), e as vagas são limitadas por voo. Portanto, é ideal que você garanta logo a reserva e verifique com a sua companhia as regras e condições exigidas.

No dia 14 de Julho de 2021 entrou em vigor as novas regras do CDC para chegada de cachorros nos Estados Unidos, que até o dia 09 de Junho de 2022 era válida apenas para cidadãos americanos e residentes legais. Turista estava impedido de entrar com seu cachorrinho nos EUA por conta de um surto de raiva canina no país.

No dia 10 de Junho de 2022, o CDC atualizou as regras para a entrada de cães no país, e a única coisa que mudou é que agora turista pode entrar com seu pet.

Documentos necessários para viajar com seu PET para os Estados Unidos

  • Vacina antirrábica – A vacina contra raiva no Brasil para ser considerada válida somente é admitida a partir dos 90 dias de vida e a emissão do CVI somente poderá ser feita após 30 dias, se for primeira dose, devido modelo atual acordado com EUA.
  • Ter o anti-pulgas e o vermífugo em dia;
  • Carteira de vacinação; Conforme a Resolução CFMV 1321/20 no comprovante de vacina deve constar:
    1. Os dados completos do proprietário
    2. Os dados completos do animal, inclusive numero do microchip;
    3. Os seguintes dados da vacina data de aplicação; data do reforço necessário; nome da vacina; fabricante; validade da vacina; e lote
    3. Data, carimbo e assinatura do médico veterinário;
    4. Endereço completo e telefone da clínica ou do médico veterinário.
  • CZI – Certificado Zoosanitário Internacional que é obtido no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Faça sua solicitação de emissão do e-CVI (Certificado Veterinário Internacional eletrônico) dentro dos 10 dias anteriores ao embarque para gatos e dentro de 5 dias para cães. Durante a solicitação será disponibilizado o Atestado de Saúde para ser levado ao Médico Veterinário que fará o exame clínico;
  • Atestado de saúde constando que o animalzinho está saudável e em boas condições – Deverá ser preenchido e assinado pelo veterinário o atestado que foi disponibilizado pelo Ministério da Agricultura;
  • Para ser solicitado o e-CVI o cão deve ter 6 meses e gato 120 dias, no mínimo, na data do embarque;
  • Microchip (somente para CACHORROS – que antes não era uma obrigatoriedade); O cão deve estar identificado com microchip. Esta identificação deve obrigatoriamente ter sido feita na data da vacina contra raiva ou antes.
  • Exame de sorologia e raiva (que também não era obrigatório); A coleta do sangue deve ser pelo menos 30 dias após a vacina contra raiva e pelo menos 45 dias antes da entrada nos Estados Unidos. Os resultados do teste de sorologia antirrábica devem ser em inglês. Cães que receberam reforços da antirrábica podem coletar sangue para sorologia a qualquer momento, mas a titulação é mais facilmente detectada pelo menos 30 dias após a vacinação. O resultado do teste é válido por 1 ano;
  • Aprovação do CDC que deve ser requisitado com 30 dias de antecedência;
  • Após 45 dias da coleta do Sangue, o cão poderá embarcar.

Observação:

✓ Os resultados do teste de sorologia antirrábica devem ser em inglês;
✓ Os resultados da sorologia devem ser obtidos 30 dias após a vacinação e pelo menos 90
dias antes da data de importação;
✓ Os resultados do teste são válidos por 1 ano;

Diferença entre gatos e cachorros

Gatos não precisam fazer o exame de sorologia e raiva, apenas ter as vacinas dentro do prazo estipulado para viagem, certificado do CVI e atestado de saúde do veterinário.

Importante: Se o residente/turista/cidadão dos EUA fizer uma viagem para o Brasil (por exemplo) e seu cachorrinho tiver sido vacinado nos EUA e estiver válida durante toda a viagem (ida e retorno para os EUA) não será necessário a autorização do CDC. Caso, a vacina anti rábica vença antes de seu retorno, a autorização do CDC será necessária (e claro, ele deverá ser vacinado antes de retornar). Lembrando que o pet só poderá viajar depois de 30 dias da aplicação da vacina anti rábica.

Como preparar o pet para viajar

Viajar com Pet não é uma tarefa tão fácil, principalmente se tratando de um voo internacional de muitas horas. Eles ficam estressados assim como nós… papais de gatos sabem bem como um voo pode ser extremamente estressante para eles. Gatos são bem diferentes de cachorro, bastante sistemáticos, tem sua rotina bem definida, e não gostam de sair dela.

O Mike não faz suas necessidades de jeito nenhum fora de sua caixinha (a grande maioria não faz) e claro que não podemos levá-la junto com a areia na cabine, rs.. então preparar seu “filhote” para isso é muito importante. Mais ou menos 6 horas antes de sair de casa para o aeroporto nós tiramos a água e ração do Mike, que é para evitar que ele sinta vontade de fazer as necessidades durante o voo, e também diminuímos um pouco a ração no dia anterior. Levo sempre comigo ração em um ziploc, mas ele nunca come, apesar de ficar bem quietinho durante o voo, sabemos que ele fica super cansado e bem estressado.

O pet não pode sair da caixa de transporte durante o voo, mas levo sempre comigo fraldas descartáveis, e durante o voo levo ele ao banheiro, para que ele possa andar um pouquinho, dar aquela esticada (eles também precisam, rs) e quem sabe fazer um xixizinho (ele só faz realmente quando não aguenta mais segurar).

Essa preparação é bem importante antes da viagem, para que eles possam estar mais tranquilos. Claro, que com cachorro é mais fácil tanto para a comida quanto às necessidades. Mas diminuir a comida sempre é bom, até mesmo para evitar que eles passem mal durante o voo.

PET CARGO – NOSSA EXPERIÊNCIA

Viajar com nosso animalzinho requer muito planejamento, até mesmo por conta dos prazos das vacinas. Então é importante que você tenha tudo muito organizado, seja você quem vai fazer/correr atrás de toda documentação ou contratar uma empresa, de qualquer maneira o planejamento é ESSENCIAL.

Nós decidimos contratar uma empresa que fizesse absolutamente tudo para nós, a emissão do CZI, a reserva do voo, atestado de saúde com o veterinário, transporte e etc… Vários fatores pesaram para chegarmos nesta decisão, e uma delas foi esse momento maluco de pandemia que infelizmente estamos vivendo há mais de um ano. Seria extremamente estressante viajar com Mike, caixa de transporte + malas + todos os cuidados neuróticos por estarmos no aeroporto, enfim…

Na nossa busca por empresas que oferecessem este tipo de serviço, conhecemos a PET CARGO, que veio muito bem recomendada por uma grande amiga nossa, Carol Lara, que se mudou recentemente para Portugal, a Pet Cargo fez todo o transporte do cachorrinho dela.

O André prontamente nos atendeu e sempre foi muito querido, nos deixando muito tranquilos em relação a tudo. Os voos por conta da pandemia foram diminuídos consideravelmente, e não é todo avião que possui compartimento de carga viva. Então, chegamos em Orlando alguns dias antes do Mike.

Já havíamos dado a vacina antirrábica, pois ele era um gatinho de rua e não sabíamos quais vacinas ele já tinha ou não tomado. Quando viemos para Orlando, deixamos o Mike por alguns dias aos cuidados da minha sogra e meus cunhados, com todos os documentos necessários para que a Pet Cargo fizesse o transporte.

O André retirou a documentação com a gente uma semana antes, e o Mike um dia antes do voo, e nos manteve atualizado passo-a-passo. A Pet Cargo que emitiu o CZI, levou Mike ao veterinário para a emissão do atestado de saúde, fez a reserva no voo, levou até o aeroporto, colocou ele no voo e nós retiramos em Miami (não tinha voo para Orlando por conta da pandemia).

Foi tudo muito tranquilo e ficamos muito seguros e felizes com o transporte dele. Sem dúvidas foi a nossa melhor escolha!!! Então, pra você que também é mamãe/papai de um filhinho de 4 patas, fica a nossa indicação dessa empresa maravilhosa que veio por recomendação, e hoje somos nós quem passamos a recomendação adiante.

A Pet Cargo oferece os seguintes serviços:

  • Emissão do CZI
  • Serviços veterinários (microchip, vacina e sorologia)
  • Agenciamento do frete internacional
  • Acompanhamento do processo
  • Inspeção com o Ministério da Agricultura e Receita Federal
  • Coleta e entrega em domicílio

Eles tem atendimento via telefone, Whatsapp e email, clique aqui para acessar o site da Pet Cargo.

Meu PET pode ir comigo na cabine?

A resposta é SIM, seu pet pode viajar com você na cabine, mas existem algumas regras e condições que variam de companhia para companhia. Algumas permitem que o peso total (animal + caixa de transporte) seja de até 10 kgs e outras até 7 Kgs. Cada companhia também tem suas condições de medidas da caixa de transporte, que precisam ser exatas. A Pet Cargo auxilia em todas essas questões, que são extremamente importantes para tomar a decisão da companhia aérea, e se vai levá-lo na cabine ou no compartimento de carga viva.

Caso seu animal seja de porte grande e acima do peso permitido, ele não poderá viajar com você na cabine, a não ser que ele seja um animal de suporte emocional.

O Mike, nosso gatinho veio uma única vez no compartimento de carga viva, e vamos contar mais abaixo como foi nossa experiência. Todas as outras vezes que viajamos, o Mike sempre vem na cabine com a gente.

Os documentos são apresentados no balcão do check-in, e como o pet fica atrelado à uma reserva (a minha, no caso) não consigo fazer o check-in antecipado, por conta dos documentos que precisam ser apresentados. Passado isso, é tudo normal, nunca nos pediram documentos do Mike na entrada dos EUA. No raio-x, o pet precisa estar no colo, fora da caixa de transporte e o procedimento é bem simples e tranquilo.

Durante o voo, eles não podem sair da caixa de transporte, e outra informação importante é que eles não podem estar dopados, ok?! O Mike viaja bem tranquilo e não dá trabalho algum, começa a miar quando está com náusea ou quer fazer xixi… mas gatos são bem mais complicados que cachorros, e o Mike só faz xixi realmente quando está muito apertado. Eu levo comigo, um ziploc com ração, catnip para acalmar (catnip é permitido), fraldas descartáveis e papel toalha, pois o Mike sempre vomita quando estamos decolando, ele fica enjoadinho (mas não são todos que ficam) de qualquer maneira é bom estar preparado né?!

Retirada do Mike em Miami

Mike veio em um voo diferente do nosso, já que por conta da pandemia e com voos reduzidos, não são todos os aviões que transportam animais vivos.

Para a retirada, levamos impressos todos os documentos do Mike, apresentamos no galpão da Latam cargo (companhia aérea que ele veio), a funcionária nos entregou os documentos originais que vieram com ele e fomos até a a aduana para autenticarem a documentação da importação.

Retornamos ao galpão, e pagamos uma taxa de $50 dólares no cartão de crédito.

Uma das mudanças recentes é que se você não estiver no mesmo voo, obrigatoriamente é necessário deixar o contato de uma empresa que faça a retirada do pet, caso o proprietário do animalzinho não compareça até 4 horas após o desembarque dele. O André da Pet Cargo que fez as cotações e pesquisas com as empresas de Miami, mas não precisamos usar o serviço, pois chegamos bem cedo. Se tivéssemos utilizado o serviço, o valor seria de $250 dólares, mas como não precisamos, não tivemos que pagar absolutamente NADA.

O importante é ter o contato da empresa ao embarcar seu pet para garantir que ele não ficará abandonado ou “esquecido” no aeroporto por mais de 4 horas, mas que será recolhido, tirado do setor de cargas e será acomodado em um lugar apropriado por essa empresa escolhida.

Esperamos ter ajudado com essa matéria, mas se ficou qualquer dúvida, ficaremos felizes em responder nos comentários aqui abaixo!!!!

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